Não sei se estou a gostar - reconheço que talvez não atinja o adorar – ou se estou deprimida/triste/desiludida com isto. Por um lado, parece que me assusto com alguma rotina, mas tenho de interiorizar que t-o-d-o-s somos feitos de rotina, o anormal é fugir dela. Aquele sabor agradável de não estarmos na rotina, mas estarmos a fazer algo diferente do costume, acaba por ser susceptível sentirmos aquela-coisa- boa/ entusiasmo/ bem-estar… Com isto, é bom termos essa rotina para valorizarmos os momentos de fuga. Ao invés desta mania de dizer que não gosto da rotina, mas sendo refém dela inconscientemente, parece que estou a gostar (muito) deste estágio, porque nunca tive um assim. Neste estágio tenho um exemplo que quero seguir como profissional: ser (mesmo) boa naquilo. Não quero ser uma mera tratadora, quero saber avaliar o ser humano como um todo e descobrir patologias, saber mesmo as causas e fazer o melhor protocolo. A minha orientadora de estágio faz perguntas de TUDO (sobre o meu curso, claro), tenho de justificar tudo, quer ver como faço tudo, quer ensinar-me tudo. Parece que é perturbador estarmos a ser avaliados (dizia eu: já não basta nas aulas?!), mas no fundo só quer ter noção dos meus conhecimentos, para me ensinar mais. A minha orientadora é fantástica, sabe tudo!
Hoje, penso: “Não sei que passos seguirei. Não sei como será o meu caminho no futuro, não sei se cruzar-se-á com o dela, por isso, só quero aproveitar o tempo neste estágio, para evoluir e adquirir mais conhecimentos.” Nos outros estágio tirava notas fantásticas, mas nunca aprendi tanto como neste. Por isso: as notas não são tudo. O que interessa é o que esse estágio significou para mim. Um 18 dado por uma pessoa não é o mesmo dado por outra.
Comer (para sobreviver a noite toda), orar (para ficar perfeito) e trabalhar (porque isto está difícil) no relatório, vai ser a minha noite de hoje!